Rituais de despedida

Que se apaguem as luzes...
vagas na neblina do tempo,
tornaram-se vãs as cruzes,
e mais perto o firmamento!

Os ventos que passaram,
vozes que me fizeram ver,
que as manhãs que terminaram,
jamais um dia irão volver!

Cair como os sonhos por terra,
olhar o sol pela ultima vez,
aliviar a alma de tanta guerra,
chorar pelo que a vida não me fez!

O epitáfio do poeta fala assim,
pois suas eternidades são irreais,
e antes, bem antes do fim,
nas suas poesias estão seus rituais!

Despede-se a cada palavra escrita,
pois é fruto da sua própria utopia,
e tudo que passa na palavra dita,
esvai-se lento, em forma de poesia!

xx eas xx

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 31/08/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1785238
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