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Divagações

Quem sabe o dobrar de velhos sinos,
me tragam hoje o tudo que passou,
e como um distante e belo hino,
volvam-me a um tempo em que o amor ficou!

Quantas vezes nas noites da vida,
tentei fazer viva a minha devoção,
extravazar uma vontade contida,
confessar a ti minha grande paixão!

E quantas vezes me contive em vão,
e daquilo que poderia um dia ser,
fui parte morta de todo um verão,
o caus confesso de um viver!

Não faz sentido a solidão tardia,
para quem a flor pereceu na mão,
pois a dor distante e sombria,
jamais trará o velho tempo de então!

Jamais trará o menino sorriso,
que sonhou um dia que poderia amar,
pois, nem mereceria o paraíso,
quem passou a vida a divagar!

Porque viver de saudade,
relembrando velhas flores de um jardim,
o tempo não volta a minha realidade,
nem virão as lembranças ver meu fim!

xx eas xx


Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 28/08/2009
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T1780187
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