Divagações
Quem sabe o dobrar de velhos sinos,
me tragam hoje o tudo que passou,
e como um distante e belo hino,
volvam-me a um tempo em que o amor ficou!
Quantas vezes nas noites da vida,
tentei fazer viva a minha devoção,
extravazar uma vontade contida,
confessar a ti minha grande paixão!
E quantas vezes me contive em vão,
e daquilo que poderia um dia ser,
fui parte morta de todo um verão,
o caus confesso de um viver!
Não faz sentido a solidão tardia,
para quem a flor pereceu na mão,
pois a dor distante e sombria,
jamais trará o velho tempo de então!
Jamais trará o menino sorriso,
que sonhou um dia que poderia amar,
pois, nem mereceria o paraíso,
quem passou a vida a divagar!
Porque viver de saudade,
relembrando velhas flores de um jardim,
o tempo não volta a minha realidade,
nem virão as lembranças ver meu fim!
xx eas xx