Soneto - Inverno
Percebe-se pelo ciciar do vento
Pairando sobre resoluto aderno,
A soprar fino a todo o momento,
Nas alvoradas frias de inverno.
E no chacotear das folhas secas,
Num ritmo de um revoar moderno,
Onde o aquoso orvalho em bolhas,
Ditam as tardes frias de inverno.
Já no escurecer do fim de tarde,
Há um recolher só, em subalterno,
Ao véu da noite, em obscuridade,
Cujo aquecer, banha prumo eterno,
Onde o aconchego cai feito luvas,
Nesses meses de melodioso inverno.