MORTE

...sou aquela que te espera sozinho

Na aurora ou no arrebol,

No repousar ou descortinar do dia!

Sou aquela que temível por todos

Evitam em meu nome tocar.

Com os olhos rasos d’água

Contorcendo a alma

Em dores e lamentos,

em uma cama de flores,

Faço o corpo repousar, com um suspiro de saudades!

Não tenho cara

Corpo, semblante ou alma

Tenho a força do último momento

Límpido, transparente

Não deixo ninguém contente

Minha missão é singular...

Sou opositora da vida

Sou cruel, faço ferida...

... Sou a morte...

...e todos trazem como sorte

Um dia... comigo se encontrar!

Eliene César
Enviado por Eliene César em 17/06/2006
Código do texto: T177331