MORTE
...sou aquela que te espera sozinho
Na aurora ou no arrebol,
No repousar ou descortinar do dia!
Sou aquela que temível por todos
Evitam em meu nome tocar.
Com os olhos rasos d’água
Contorcendo a alma
Em dores e lamentos,
em uma cama de flores,
Faço o corpo repousar, com um suspiro de saudades!
Não tenho cara
Corpo, semblante ou alma
Tenho a força do último momento
Límpido, transparente
Não deixo ninguém contente
Minha missão é singular...
Sou opositora da vida
Sou cruel, faço ferida...
... Sou a morte...
...e todos trazem como sorte
Um dia... comigo se encontrar!