B A L E M A S C A B R A S
Balem as cabras no frio do silêncio
Que envolve o deserto de minha incerteza
Tementes ao uivo do lobo faminto
A morder a lua da minha fraqueza
Medrosos balidos em fuga no vento
Na areia do tempo,senhor da razão
Buscam refúgio em meu pensamento
Que empreendeu viagem,trancou o portão
Acordam nos sótãos dormentes fantasmas
De olhares inertes,sem luz,sem candura
Cruéis,insensatos,até ironizam
O balir das cabras de minha amargura