TARDES SERTANEJAS

Tardes calmas sertanejas

Do por do sol no horizonte

Com cores tristonhas benfazejas

Que embalam nosso semblante

Do sopro frio do vento

Com aragens passageiras

A embalar o pensamento

De saudades verdadeiras

O gado aparece mugindo

Chamando o filhote disperso

Ver-se ao longe ele vindo

Saltitando e bem sapeco

Imponente os carnaubais

Com folhas a farfalhar

Lembra músicas em rituais

Chamamento a bailar

As aves voam em bandos

Para seu ninho encontrar

Procurando seu recanto

Com o filhote a esperar

Vem uma saudade, e beleza

De onde, não sei de que

Dessa paz que a Natureza

Proporciona a quem ver

A cidade fica ao longe

Com uma inquietude atroz

E a mente dispensa e foge

Refugiando-se a sós

É a Natureza imperando

Que nos domina e reduz

Simples admiradores

Da paz, do amor, da luz.

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 15/06/2006
Código do texto: T175982
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