A B A N D O N O
Uma casa antiga à beira da estrada
Em total desencanto, abandonada
Se retrai,se encabula atrás do arvoredo
Como quem esconde um grande segredo
Carcomidas paredes vão logo ruir
A porta fechada:Nem entrar,nem sair...
Duas janelas;não há quem as abra
A varanda é refúgio de solitária cabra
Urtigas e urzes,encobrindo terreiro
De resto em quintal só um caquiseiro
Imponente lembrança de antigos donos
Corroem-lhe as pragas
Êle pinta outonos
O bronze das folhas bailando ao vento
Frutos escassos se dão em sustento
De aves famintas migrantes de longe
Fazendo dos galhos,descanço...Aposento
E cruzam andantes em seus pensamentos
Alguns nem percebem,com pressa,sem tempo...
A casa que fora feliz n´outra era
Agonizando agora em triste tapera.
Uma casa antiga à beira da estrada
Em total desencanto, abandonada
Se retrai,se encabula atrás do arvoredo
Como quem esconde um grande segredo
Carcomidas paredes vão logo ruir
A porta fechada:Nem entrar,nem sair...
Duas janelas;não há quem as abra
A varanda é refúgio de solitária cabra
Urtigas e urzes,encobrindo terreiro
De resto em quintal só um caquiseiro
Imponente lembrança de antigos donos
Corroem-lhe as pragas
Êle pinta outonos
O bronze das folhas bailando ao vento
Frutos escassos se dão em sustento
De aves famintas migrantes de longe
Fazendo dos galhos,descanço...Aposento
E cruzam andantes em seus pensamentos
Alguns nem percebem,com pressa,sem tempo...
A casa que fora feliz n´outra era
Agonizando agora em triste tapera.