TAÇA
Ainda sinto o gosto...
O gosto da morte em meus lábios.
Provei e, mais uma vez, provarei
Provarei até a hora de entornar a taça...
Um gole da morte
Diariamente, eu bebo
Misturo com vinho e... nem percebo!
(Já estou fora de mim)
Cedo ou tarde beberei tudo
O que resta na taça da morte
Os primeiros goles são sempre doces feito mel
Os últimos, amargos como fel...
Devagar eu bebo
E tento engolir
(Agora desce rasgando)
Nem consigo mais sentir...
É necessário beber tudo
Mas, não hoje, não agora
Pois se tudo tem seu tempo
Até a morte tem sua hora...
Elaine Thrash - 2003