TAÇA

Ainda sinto o gosto...

O gosto da morte em meus lábios.

Provei e, mais uma vez, provarei

Provarei até a hora de entornar a taça...

Um gole da morte

Diariamente, eu bebo

Misturo com vinho e... nem percebo!

(Já estou fora de mim)

Cedo ou tarde beberei tudo

O que resta na taça da morte

Os primeiros goles são sempre doces feito mel

Os últimos, amargos como fel...

Devagar eu bebo

E tento engolir

(Agora desce rasgando)

Nem consigo mais sentir...

É necessário beber tudo

Mas, não hoje, não agora

Pois se tudo tem seu tempo

Até a morte tem sua hora...

Elaine Thrash - 2003

Elaine Thrash
Enviado por Elaine Thrash em 08/07/2009
Reeditado em 11/07/2009
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