Árvore
Quando abraçados os jovens,
Desprezavam tudo.
Eram só um como diziam.
Não perceberam a árvore.
Num dia notaram –me ,
Ali de braços abertos,
Dei a eles o frescor do amor.
Uma troca não recompensada.
Não notaram a árvore,
Mas estenderam em mim,
Suas roupas de amor,
Breve e Egoísta.
Não-os repudiei por isto.
Nem por nada.
Então fechei-me.
E em mim mesmo encontrei a paz dos Pássaros.
Um dia de sol ardente,
O jovem molhou minhas raízes.
E o sal triste me convenceu,
Que o jovem era agora árvore como eu.