O INVERNO
Nesse lago de névoa perfumado
Qual bando de aves brancas,
Quais alvas margaridas pelos campos,
Tinge o inverno um douto manto
Nessa estação infinda...
Das galhadas, como um véu, desce a geada
Que aos raios das manhãs ensolaradas
Encobrem os rincões.
E os olhos do turista que vê tudo
Parecem acreditar que há um outro mundo
No meio dos sertões.