E o amor, como Sentimento
E o amor, como Sentimento
Ao som do violino
vou tecendo minhas teias,
meus condões, me envolvendo
em cada palavra dita,
em cada palavra calada
no peito do ancião dos tempos!
Dúvidas já não existem,
são pérolas, são águias
no sobrevôo do verso ditado
do verso emergido da alma,
das águas em paixão!
Minha voz,
é o retrato deste guardião dos ventos,
orientando minha nau,
seguindo a bom bordo das marés
sendo meu irmão em dias de bonança,
e meu pai, nos dias de fúria!
Pelas mãos
abro meu peito sem preceitos
submergindo de corpo e luz
neste alvo e mero pedaço de papel,
que nada me diz, me seduz!
Aqui,
sou apenas instrumento
argumento com o silêncio,
tendo a solidão como aliada,
a poesia como amiga,
e o amor, como sentimento!
Este é teu!
Auber Fioravante Júnior
13/06/2009
Porto Alegre - RS