Tardes Mornas

Tardes Mornas

Gosto de ver Miracema,

A se arrastar, tranquilamente,

Nas horas mornas da tarde.

Horas lentas, modorrentas,

Que nos obrigam a bocejar,

Num derramar de preguiça sem par.

Na rotineira busca do cotidiano,

O ritmo esparso do vai e vem:

Trabalho, compras, passeio,

Estudo, vagabundagem também.

Ah! Tardes mornas, sonolentas!

Sol a pino penetrando a folhagem

Abundante de sua antiga paisagem.

Nas folhas inusitados reflexos azuis.

É a comunhão do céu com seu verde,

Sol ali se atém, decompondo-o, para

Roubar-lhe o puro azul que contém.

Evane
Enviado por Evane em 07/06/2009
Código do texto: T1637383
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