SOB O LUAR
Madrugada fria e bela,
Sou parte humana, embora insana,
Num pedacinho do paraíso.
Em meus devaneios poéticos,
Entrego-me aos encantos da lua.
Vejo o luar se derramar
Como facho de luz prateada...
Cobrindo a terra, ainda molhada pela chuva.
As árvores balançam suas folhas
Verdes, viçosas e orvalhadas.
O rio mansamente desliza em seu leito
A brisa percorre meu corpo,
Causando-me um arrepio...
Me desperta um desejo...
Realização impossível!
Chega a hora de partir!
Enfrento o lamedo, que dá medo!
Parece um rally sob o luar!
Cruzo a ponte, que liga
O paraíso ao asfalto!
Ainda, sob a luz da lua.