EM BOAS MÃOS

Na madrugada,

olhos frios,

circunspetos,

conquanto estrelas, o viço e o vislumbre

em corpo terra.

No cheiro acre-doce, um novo dia.

Neblina a palmos do chão,

presença límpido-rósea.

Em ato contínuo,

anexos, em paz, uníssonos,

sem reservas: sentimento, verso e pranto.

Manhã,

inevitável milagre,

saudade colorida em rostos.

À tarde

olhos de sonho.

Incógnita noite no desvendar do abraço.

O mundo em perfeita órbita,

sem mais tardar a madrugada...

DEUS e Seus mistérios.