Anjo... Onde estás?

Ó tempos antigos de esperança tragam de volta meu passado,

Aquele antes das dores, dos erros e dos meus trágicos passos.

Devolvam-me a sabedoria, se é que um dia eu já a tenha encontrado,

E devolvam-me a leveza do amor e dos meus sonhos tão escassos.

Ó tempos antigos de fé, tragam de novo os meus outros pedaços,

Que estão derramados por todos os lados que eu vou, como rastro.

Mostrem-me uma direção, por favor, não reconheço meus traços,

Sou a sobra que restou no prato, sou o próprio inferno que alastro.

Quem criou isto que sou? Meu Deus foste mesmo tu à tua imagem?

Ou sou eu a última praga que sobre os seres desta terra, lançaste?

Quisera eu ter o teu perdão, pois de tantos descaminhos à margem

Estão aqueles, cujo os sonhos destrui com o mal que, conjuraste...

Muitas lágrimas, Senhor, muitas tenho derramado em penitência.

Se, servirão de lição, se serão, flagelos em minha consciência.

Restaure um pouco da minha crença e do meu coração tão gelado,

Fazei que eu veja a verdade, onde está o anjo que esteve ao meu lado?

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 30/05/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1622501
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.