A VOZ DA TEMPESTADE
A voz da tempestade me entristece
Porque ela faz agitar meu coração
Ainda mais quando a chuva ela enaltece
Que faz cair do céu em turbilhão.
O barulho da tempestade que troveja
Nos longos céus que a recebe
Olhando ao longe minha alma almeja
Uma calma que a chuva não percebe.
Os campos e as arvores se assustam
Neste turbilhão de uma ventania
Que com o barulho nada escutam
A não ser o farfalhar do vento na cercania.
Rugindo tal qual como fera feroz
Entre a nuvem ardente e trovejada
Vai à chuva caindo como que libertada
Das garras do vento seu inimigo algoz.