CALABOUÇOS

Na beira de um poema sem esferas

Os lobos dominam o circulo da dor

Não há poema sem cor

Sufocai seu instinto

Calabouços cabulosos podem nos engolir

Preparai as essências nostálgicas

Para não incomodarmos os rebeldes caídos

Muitos têm a lógica e eu os algarismos

Alguns tem o sentido da bussola e

Eu tenho os cardeais pontos de irmos

Espuma de cérebro ofega o rabisco invulnerável

Entristecido num monstro de energia desperdiçada

Parasita veloz cavando o indestrutível

Oscilando companhias

Azoretando minha concentração

Guerreiros de papel numa guerra de livros

Águia letal de dedos opaco

Crava costa, mapa na suas penas

Voe.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 19/05/2009
Reeditado em 02/02/2014
Código do texto: T1603572
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