Vivo é vivo e morto é morto?

Viajo no passado e procuro remexer

As dúvidas contemporâneas.

Procuro compreender as lógicas filosóficas.

E nada, e tudo... Confuso.

Não sou cético, nem místico.

Sou a ignorância presente

E o espetáculo de vidas passadas.

Daí eu paro, penso, reflito, canso.

Busco o futuro... Mas, que futuro?

Vive-se o presente.

Sinto-me um macaco engravatado...

Vejo-me nu no meio da selva.

Não há uma resposta.

E, ninguém me diz nada.

Viver para morrer é ilógico.

Sei que ao nascer, começo a morrer.

Então, para que morrer,

Se um dia renascerei?

Vivo é vivo e morto é morto?

Não entendo tudo isso.

Não sei se sou o lixo, o luxo

Ou material reciclável.

Já nem sei mais o que sou!

Sei que tudo é mutável...

É tudo que sei.