Menina no espelho
Vá com tua angústia e deixe-me viver em paz,
Com tuas fúrias e excessos suma com teus ais.
Repudio teus métodos, abomino tuas reclamações
Vai-te embora com teus gestos e fúteis exclamações!
Empreenda fuga em teus olhares, ora dóceis, ora hostis,
Deprecio teus manjares, de fel e ácido com anis.
Quantas quedas necessitas para que aprendas a lição?
Que não se encontra guarida em riba á contradição.
Ó menina quê precisas? Porque este vazio te dói?
Declinas no mesmo lodo que tua agonia constrói.
Viverás intensamente como em todos os momentos,
Alguém há de te aprouver um milhão de sofrimentos!
Quem a não ser tu mesma, pobre criatura distraída,
Arranja tuas loucuras e atormenta à tua própria vida.
Vá para longe de tudo, até que ache teu rumo e com sorte,
Pode ser na melhor das hipóteses, que antes te encontre a morte!