Amor de outrora

Quando adolescente pelas ruas
De minha pequena Sericita
Eu caminhava, olhava as pessoas
Com a santa inocência de quem vive
Por prazer, achava que todas
Deveriam ser felizes como eu...
Pena que essa felicidade com a realidade
No labirinto do tempo se perdeu.

Na estrada empoeirada muitas vezes
Caminhei, bebei água da fonte
No chão que me deitei, ao ver o pássaro
Voar com a liberdade sonhei.

Com a labuta do lavrador compartilhei
Pena que essa felicidade com a realidade
No labirinto do tempo se perdeu.

A vida seguiu se curso como a correnteza
Morro acima e entre trancos e barrancos
O amor sobreviveu, porém ficaram para trás
A carreta lotada de carvão que pela
Cidade passava, o gado leiteiro que a todos
Alimentava, a lavoura de café que meu pai
Cultivava, restou em mim o sonho da cidade
Colorida, a vida perfeita, que a emoção animava.

SERICITA: cidadezinha na zona da mata MG
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 28/04/2009
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T1564003
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