A Incógnita
Eu insisto em acreditar que a Lua
Está mais próxima do que se imagina
Que a verdade nua e crua
É que de Amor deve se reger a vida.
Insisto em ajudar, estar disposto sempre
Porém de pé esperando à esmo
A perna cansa, o Sol arde à mente
E eu aqui neste lugar, sempre o mesmo!
Queria eu a vida fosse bela
Tivessem paciência, pois tenho meta
E minha meta é de boa fé
Porém, falta-me o que a completa.
Me bate, então, uma outra dor
Que também fere, a da indecisão
Se me liberto de vários fantasmas
Me resta ainda o do sim ou não.
Se agora amo, por mais que eu não
Tenha respostas sobre o futuro
Em um instante meu coração
Já se desfaz em um jogo insguro.
Viver ou morrer, esperar ou partir
Amar e sorrir, ver a Vida como a própria
Ou fugir, recriar, dar início ao que está por vir
Refugiar-me-ei em outra incógnita,
Eis que agora quero mente livre
De todos os pensamentos, mente vazia
Mas não pensem que será, assim, aberta ao Diabo
Pois de Amor e Paz, eis que este esquiva
Portanto minha indecisão me persegue
Como um animal voraz à tua presa
Eis que preciso agora deitar-me
Pois para isto, vejo no sonho a maior defesa.
E que o Amor esteja sempre aqui
Não me abandone, jamais
E mesmo que esteja sangrando
Eis que o limpo e lhe busco
A paz, a qualquer custo!