NOITE
...Era uma noite fria
De um inverno falsificado
Onde as estrelas se faziam
Ausentes
E a lua desanimada se encobria
No véu denso do firmamento
Não havia estrelas a brilhar
Nem libélulas a bailar
Somente o úmido orvalho
A cair brandamente
Nas flores solitárias de
Um jardim esquecido.
E a noite em ritual tranquilo
Deu lugar à madrugada
Trazendo consigo o vazio
A solidão
E mais nada!