Anoitecer Caipira

Cai a tarde no sertão

Olha de longe o sertanejo

Recostado no enxadão

A noite abraçar o vilarejo.

Canta triste o canarinho

Enquanto o Sol esmaece

Recolhendo-se em seu ninho

E a tarde, a noite escurece.

A coruja toma seu posto

E a Lua começa a brilhar

Vêm os homens com gosto

Ouvir da viola o tilintar.

A saudade remói nas cordas

Do caboclo o pranto doído

Enquanto entoa as modas

Do seu sertão esquecido.

E a lágrima da madrugada

A noite sertaneja encerra

Acolhe a lamúria cansada

Banhando o fruto da terra.

Aleixo Prístino
Enviado por Aleixo Prístino em 16/03/2009
Código do texto: T1490259
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