SOLILÓQUIO COM A LUA
leva-me, ó alva lua mansa desta noite,
deixa-me engalanar-te
escalar-te os mistérios
esconder-me das misérias em tuas crateras
onde somem todas as quimeras
e descubro apenas as loucas verdades
da esfericidade desta vida
em que me envolves
onde tudo resolves
enleva-me, ó calma lua cheia desta noite,
deixa-me auscultar-te
mirar-te os espelhos
refugiar-me do desprezo em teus mares
onde escorrem todas as paixões
e descubro muitas das razões
do efêmero ciclo da vida
em que me descobres
onde nada respondes
esqueça-me, ó morta lua nova desta noite,
deixa-me apagar-te
espreitar-te o renascer
reviver-me das agruras em tua singeleza
onde desinteressa a beleza
e descubro o nada desta vida
em que me renomes
e onde sempre somes
eclipsada lua, despida de pudor,
resta apenas um consolo
ocultas para sempre nosso amor
leva-me, ó alva lua mansa desta noite,
deixa-me engalanar-te
escalar-te os mistérios
esconder-me das misérias em tuas crateras
onde somem todas as quimeras
e descubro apenas as loucas verdades
da esfericidade desta vida
em que me envolves
onde tudo resolves
enleva-me, ó calma lua cheia desta noite,
deixa-me auscultar-te
mirar-te os espelhos
refugiar-me do desprezo em teus mares
onde escorrem todas as paixões
e descubro muitas das razões
do efêmero ciclo da vida
em que me descobres
onde nada respondes
esqueça-me, ó morta lua nova desta noite,
deixa-me apagar-te
espreitar-te o renascer
reviver-me das agruras em tua singeleza
onde desinteressa a beleza
e descubro o nada desta vida
em que me renomes
e onde sempre somes
eclipsada lua, despida de pudor,
resta apenas um consolo
ocultas para sempre nosso amor