Riacho doce





Riacho doce

No riacho doce
Avida fluía
Saudade agridoce
Triste sinfonia...

O sol caía
Nos montes distantes
Amarelava e enrubescia
Era noite num instante...

Nessa hora silenciosa
Tudo emudecia
Estranha nostalgia
Rodopiava pelas cercanias.

E a minha vida
No riacho doce
De vindas e idas
Era como se noite fosse.

Mas a minha estrela
Na imensidão surgia
E um sopro ao meu ouvido
Chamava-me para vê-la.

E eu gozava
O gozo dos inocentes
Quando para o céu olhava
E via brotar amor fremente.

O riacho doce corria
Atrás da luz dourada...
Meus pés eu imergia
Nas suas águas abençoadas.

E a minha saudade
Rubra e amarela
Olhava suplicante
O céu da minha estrela.