Bonequinha de pano
Bonequinha de pano
Se desfaz em última cena
Cai,desconjuntada no chão,plena
Riso estampado na cara,
Olhos fixos no nada
Se sente desamparada
Mas ninguém pode perceber
Pela sua máscara
Crianças querem adotá-la,
Pais querem comprá-la
Mas o dono do teatro de marionetes não deixa
E continua a explorá-la
Bonequinha de pano tão abandonada
Deveria estar nos braços de alguém que soubesse cuidá-la
Mas por asneira do destino
Está nos de quem não sabe valorizá-la
Há,há,há,que mórbida graça...