Vale do outono...

Olhos fechados para entrar

Um paraíso de mistérios a desvendar,

Do universo alheio eu vou me desligar

Para no meu recanto mergulhar!

Na entrada um lindo tapete verde gramado

Que tem detalhes de folhas com um tom de dourado,

Árvores revelam sua delicadeza,

Enchem o lugar com toda a beleza!

Ao longe avisto um balanço

De cordas novas e assento solitário,

Ele se rende ao doce embalo do vento.

No centro ela está

Encantando-me com sua simplicidade,

Sua porta entre aberta me convida a espiar

E a frente da lareira me permite sentar...

Sem relutar eu atendo ao chamado

E lá encontro algo inesperado

Minhas boas lembranças cantam

E brincam de roda, não me vêem

Por isso despreocupadas travessuras fazem!

Saio do aconchegante lar

E ouço uma canção que parece vir de lá,

Uma perpetua canção

Que vem de uma alma e talvez um alegre coração!

Em um outono infindável,

O sol se põe, mas rapidamente volta

No lugar do sonho a lua não se apresenta.

As horas adormecidas faz que eu

Para elas cante alguma cantiga para o sono durar...

Lá fora os outros ficam a observar

Apenas a mim foi concedido o privilégio de entrar,

E por isso querem me despertar,

Mas eu nem quero ir

Porque se eu for minha alegria irá se esvair

E não terei onde me refugiar

Porque aqui é meu lugar.

Dona
Enviado por Dona em 17/02/2009
Código do texto: T1444920
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