“VIDA A POESIA”.
As folhas balançavam devagar
Quebrou o silencio o balanço da maré,
A vela branca de um barco em alto mar
A cachoeira do pequeno igarapé.
O som da viola misturava-se a cascata
A beira-mar tingia de branco a areia,
Por entre as folhas descia chuva de prata
Na verde mata sob a luz da lua cheia.
Meus simples versos tinham tom de paixão
Flores silvestres exalavam perfume,
Rosas brancas pendiam do caramanchão
O campo em ouro cuja luz do vaga-lume.
O romantismo, a canção e a nostalgia,
Velhas lembranças de amores do passado,
Os acordes davam vida a poesia...
Sob o céu azul tão estrelado.