O ANOITECER NO CATUÍ
É tarde, é tarde... Nesta hora tenra
No verde pasto a sombra vem bater.
E o arrebol além qual uma fogueira
Cujo fumo encobre a cordilheira
Onde o olhar subiu
Traz a fumaça que tudo enegrece
E ao doce vale lentamente desce
Trazendo a noite e o frio.
O outeiro ali em sombras, o lento rio
A percorrer em meio aos bambuais.
Galopam os cavalos E mais, e mais,
Os pássaros dos montes vão descendo.
O gado vem pra perto do curral
Deitar ali no chão para dormir.
Sentado na varanda, Nicolau
Enrola o seu cigarro a refletir.
E os jovens vêm chegando pro sarau.
E a noite reina enfim, no Catuí.