Torvelinho Encantado
Última tarde de um mês de verão
Eu vinha a pé de um lugar distante
E veio um vento quente, de roldão,
A me forçar para o asfalto escaldante
Encheu-se de beleza o ar à minha volta,
Fiquei a olhar folhas, cascas e areia subindo...
E caindo a brilhar numa fingida revolta.
Eu, sem medo parei e exclamei: Que lindo!
Fazia muito que não via de perto a natureza.
Não tive medo da chuva que ela prometia,
Notei magia no ar... Os eucaliptos... Que realeza!
Curvavam-se como reverência a mim, que me ia...
A chuva não veio e eu cheguei sorrindo em casa
E compreendi, enquanto me trocava toda feliz:
“Deus ao se manifestar, marca hora e não se atrasa.”
E eu fui posta ali, na hora de entender o que Ele diz.
E Ele diz que o mundo é belo, próspero e vivaz,
Que a natureza é nobre e precisa de carinho
E para entender o que realmente Lhe apraz,
Não se precisa esperar um torvelinho.
Última tarde de um mês de verão
Eu vinha a pé de um lugar distante
E veio um vento quente, de roldão,
A me forçar para o asfalto escaldante
Encheu-se de beleza o ar à minha volta,
Fiquei a olhar folhas, cascas e areia subindo...
E caindo a brilhar numa fingida revolta.
Eu, sem medo parei e exclamei: Que lindo!
Fazia muito que não via de perto a natureza.
Não tive medo da chuva que ela prometia,
Notei magia no ar... Os eucaliptos... Que realeza!
Curvavam-se como reverência a mim, que me ia...
A chuva não veio e eu cheguei sorrindo em casa
E compreendi, enquanto me trocava toda feliz:
“Deus ao se manifestar, marca hora e não se atrasa.”
E eu fui posta ali, na hora de entender o que Ele diz.
E Ele diz que o mundo é belo, próspero e vivaz,
Que a natureza é nobre e precisa de carinho
E para entender o que realmente Lhe apraz,
Não se precisa esperar um torvelinho.