Não sei se posso...

Do que almejo eu não sei se posso
ter, conquisto?
Se me é loucura ou paixão, tanto
quero; vou resistir?
Que envoltos em lágrimas os olhos
não podem ver ínsito?
É de uma tristeza e piedade a que
meu sofrer, o meu sentir.
Faz-me pensar em tu, minha deusa.
em que sofrendo persisto...
Quando a juventude me foi favorável
e a vida me trouxe até aqui;
Ainda que hoje, sonhos que tenho.
delírio me traz, pois partiste!
São estações, passei por tantas,
à primaveras em seu florir;
E no canto que saudade!
cantei-te melodias, ouvindo palavras.
tristes!
Serenatas que a saudade deixou
rastros de um tempo que ao ir;
Ilusão de garoto, sonhos de rapaz,
ideal de maturo que o sentimento feriu,
Símbolo que de acordes tem saudade,
embriagando a alma ao confundir;
Sofrendo e na incerteza outrora
que tanto desprezou, conduziste;
Se por piedade o castigo que buscara
viera-te conduzir,
Inverta esta confusa e quase impossível
meu peito resiste;
Promete sem saber para saber,
comete falha por não poder cumprir!
Esmaga sonhos, dobra-se por aniquidade,
no papel que carpiste;
Desvela ilusões não me converte,
apenas me sabe sim, oprimir!
Implora por paixão quando sentido
solidão: esquece que machucaste
Rasgando no sentimento oculto,
sem revelar quem tu queres,
a quem te quer finges!
Impõe sobre o infeliz a carga impossível
de carregar e reclama!Fracassastes!
E roubando em desabafo o sentimento seu:
Em sussurro, diz: Fracasso te hás de cair!
Desabafando quando confessou
aos pés do cruzeiro,
quando lágrima derramou!

Barrinha - 28/01/09 12:00

antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 28/01/2009
Reeditado em 12/02/2009
Código do texto: T1409171
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