Reflorescendo pelo silêncio
Silêncio enigmático de pedras inertes,
no que crêem elas? No nada ou tudo,
que meramente lhes basta, indolentes
pela sua natureza estática no mundo!
Os silêncios interpretativos me adoçam
longa nostalgia com segredos lenitivos,
enquanto sonhos adormidos alcançam
vácuos férteis do céu em doces relevos!
Silêncio diáfano, segredo em sombra,
chorando mistério da vida miraculosa
que habita o âmago de cada penumbra
e floresce amor perene em doce pureza!
Pureza de luz maior que o mar profundo,
por semear frutos de um porvir fecundo,
inchada fica a malha de carinhos eternos
das almas puras nos tornando humanos!
Santos-SP-15/04/2006