MORRER
MORRER
Sinto dentro do peito aquela vontade imensa de morrer,
É como se uma avalanche estivesse em pleno desenvolvimento
E descambasse cada vez mais para o interior da gente...
O que me segura ainda são mãos frágeis quais não vou esquecer,
Se não fossem elas talvez já tivessem rompido outro pensamento
E a vida acabasse depois de um solavanco, derrepente.
Lembranças indeléveis vão passando no cérebro de nosso ser,
Como um filme em preto e branco focando o vento,
No começo uma brisa, depois um vendaval infelizmente...
Não sei se vale a pena a teimosia de se viver,
As coisas não afastam, jamais caem no esquecimento,
Mesmo contra a nossa vontade continua-se indo em frente.
Como é difícil por se só falecer,
Mesmo se dentro não estivéssemos cem por cento,
D’onde se tira uma força maior vinda com tudo que se sente?...
Goiânia, 09 de março de 2005.