ILUSÃO DE ÓTICA

No meio da areia da praia

Pude admirar tal beleza,

Fui inoportuna ao descrever-lhe sentimentos.

Doces e leves eram minhas palavras;

Talvez ingênuas

E simplórias,

Assim como esperar a brisa acariciar-me a pele,

E nos olhos verter lágrimas por amar incoerentemente,

Sentindo o vazio ao olhar e não achar mais...

E os pássaros a voarem sobre minha cabeça

Formando um arco-íres preto e branco,

Eu só pensava em ti,

E apoderava-me sem medo, mas com desprezo

Do arrepio dos detalhes a minha volta.

Olhando o céu via a transformação

Como a coisa mais linda e sublime que já vira...

Erguia no olhar mudando com os dedos os rumos das nuvens,

E em sincronia com valor que tu não me davas;

Buscava o poder de causar-me dor,

E nas ilusões dos prazeres me perdia insanamente...

A loucura de ainda te querer me irritava,

Mas ao tocar o vento envolvente em minha face

Sentia-me degustar seus beijos e caricias;

Na minh’alma estava a complexidade do entendimento

Em briga constante com a veracidade de minha imaginação.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 28/12/2008
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