Flores e pedras.
Da vida restou um pouco, de um pouco restou uma vida inteira.
De um sorriso apagado ficou a história de duas pessoas que já não existem mais.
O mundo girou, girou e girou novamente.
As casas mudaram de cor, as correspondências de endereços, os móveis já não são mais os mesmos.
Lembranças ainda residem, mesmo que só por alguns instantes...
Em música que já não se ouvia mais, em filme que não se assiste mais, em um caminho de um bairro, nos domingos ensolarados e nas manhãs de chuva.
Em uma flor que é um nome.
Em um perfume que não se lembra o nome.
Nos sonhos que não há como controlar.
Nos dias tristes de saudade e nas lágrimas que nascem dela.
O mundo girou, girou e continuará a girar novamente.
Mais um fim de ano chegou, mais um natal veio e se foi.
Tudo... Tudo mudou.
E nada... E nada mudou.
O sentimento ainda vive, escondido, calado, tímido, frágil.
Mas mesmo como o mundo a girar ele ainda vive.
Como as flores que possuem seu nome.