Partindo

Olho agora um corpo morto,

Banalmente deste mundo ceifado.

E me pergunto

Se quando for meu o corpo

Tu terás por mim chorado.

Vivo cada dia a esperar

O dia que será meu derradeiro,

Mas espero sempre viver

Em teu coração,

Como teu primeiro.

Espero que meu corpo inerte,

Frio como rocha às margens de um rio,

Sinta o calor de teu corpo,

Aquecendo meu corpo frio.

E assim desperte

Na outra margem

De um outro rio.

Mas querida não te assustes

Pois sou só louco inconseqüente

Mas saiba que te amarei

Em qualquer dos mundos

Eternamente.

Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 27/12/2008
Código do texto: T1355698
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