Partindo
Olho agora um corpo morto,
Banalmente deste mundo ceifado.
E me pergunto
Se quando for meu o corpo
Tu terás por mim chorado.
Vivo cada dia a esperar
O dia que será meu derradeiro,
Mas espero sempre viver
Em teu coração,
Como teu primeiro.
Espero que meu corpo inerte,
Frio como rocha às margens de um rio,
Sinta o calor de teu corpo,
Aquecendo meu corpo frio.
E assim desperte
Na outra margem
De um outro rio.
Mas querida não te assustes
Pois sou só louco inconseqüente
Mas saiba que te amarei
Em qualquer dos mundos
Eternamente.