para fazer a vida valer a pena,
me dá tua mão,
me guia,
não sei onde ando, não sei o que faço...
Ando tão sozinho,
tão deprimido,
ilusão, solidão,
tão cheio de incompreensão...
Tenho tentado de tudo,
para fazer a vida valer a pena,
tenho usado a pena, os dedos, o teclado,
tenho tentado,
juro que tenho...
Mas a cada dia que passa,
a muralha se ergue com mais pedra,
e eu sou tão fraco,
tão pequeno...
Me leva pela tua mão,
me guia,
me leva,
pra qualquer lugar...
Fico tão anestesiado, com a falta da honestidade,
fico tão enojado, com a falta da sinceridade,
ondo estou?
Que mundo é esse?
Se fala tanto em amor,
e só encontro dor.
Dor nos olhos do menino com fome,
dor nos olhos da mãe sem ter o que dar ao filho,
Quem irá me guiar, saberá aonde quero ir?
Será que meu destino e viver a perguntar...
e as respostas que vierem, será que irão me satisfazer?
Me leva,
me carrega,
me tira daqui...
Não quero ser quem desprezo,
não quero ter o que tanto critico,
quero apenas entender, se é que existe um sentido...
Que destino é esse?
Que coração tão ruim é o meu,
que não se contenta com meras palavras,
e quer somente, ação,
pra provar que é melhor ser bom,
que mau...
Cansei meus olhos,
rezando,
pedindo clemÊncia,
rasguei meus pulsos,
mas o véu da amizade os amarrou novamente,
e uma alma caridosa,
quis que eu tentasse mais uma vez...
A cortina que descerrei ao olhar para fora de mim
não revelou nada bonito,
era melhor continuar sonhando,
pois no sonho tudo era mais belo,
e agora eu não sei,
se o que quero,
é o que é certo,
mas sei que o certo, já não existe...
Andei demais,
atrás,
de alguma coisa, que nem sei se existe,
andei atrás da real fraternidade,
andei atrás do verdadeiro amor,
e quando perdi meus pais,
descobri,
que o amor maior
é o de um pai, que dá a vida por um filho,
pois dez filhos não dão a vida por um pai....
Sou filho também,
e não sei se o que eu faço,
vale a vida do meu pai, ou da minha mãe,
mas carrego meu coração, nos braços deles...