Tormentas da Alma

Tudo acabou,

a música já não é a mesma

os sonhos, os detalhes ruíram

agora, o vácuo.

Vem meu homem,

meu menino,

diga que foi um sonho ruim.

Desperta-me como a uma criança e

diga que as tormentas acabaram,

que há o colorido nas ruas,

que os sonhos são reais.

Diga que o vazio

do não sentir não existe

e que o desprezo que sinto é falso,

que ainda existe o amor.

Aquele amor suado,

amor amado,

amor latente,

amor amado.

Desperta meus devaneios...

Sigo errante

buscando sensações e afagos

para uma alma cansada e

cruel.

Talvez o medo seja meu amigo,

talvez inimigo,

talvez o adeus.

(09.12.2001)

Sheila Campos
Enviado por Sheila Campos em 30/03/2006
Reeditado em 31/03/2006
Código do texto: T130816