Balada do Amor de Outrora
Ouço os acordes da música que toca baixinho
E busco na minha alma as recordações,
Suaves e doces de outrora
De um passado recente que sinto tão distante
A balada ecoa e a voz canta e eu lembro-me
Dos teus beijos apaixonados, dos teus suspiros
E de como sentia o meu coração disparar freneticamente
Quandos os nossas mãos se tocavam num infinito entrelace
Junto as pestanas lentamente e vejo,
O mar revolto, a espuma branca, os grãos de areia
Sinto a tua presença ao meu lado, o teu calor
E encosto a cabeça ao ombro da saudade
Saudade do afecto, do sentimento, do amor
De encontrar no fundo do teu olhar o meu
E não o vazio infeliz de agora
Queria antes o outrora que não estilhaçava o meu coração
E a noite vai caindo...
Tu seguindo a tua rotina da qual não faço parte
Eu sentindo a solidão da tua falta
Que dói menos à medida que a cumplicidade se esbate
Volto a fechar as palpebras e finjo
Que tenho o teu abraço pelo tempo que preciso
E não na fugida que antecede a despedida
Sem ser de raspão, como se fosse ilusão
Sinto as tuas mãos tocarem o meu corpo
Percorrendo o caminho da ternura, do desejo
Os beijos desenhados por sorrisos que se espelham nos olhos
A respiração quente e entrecortada de amor