NADA CONSIGO VER

Noite, que nenhuma estrela brilha
por isso não encontro minha trilha,
só vejo uma imagem distorcida.
Tão sinistras e com curvas traiçoeiras,
repleta, de tão perigosas barreiras,
estrada, dificil de ser percorrida.

Uma mata onde nunca vejo os ninhos,
onde, tudo impede os meus caminhos,
tornando tão cansativo percorrer.
Vou caminhando, com lentos passos
prevendo encontrar meus fracassos,
onde até agora, nada consegui ver.

Seguindo, e já esperando por uma derrota
vou em frente, sem mudar minha rota,
pois caminha a meu lado, o perigo.
Está junto de mim, a maldade e o egoismo,
tentando levar-me para um abismo,
e torcendo, para que não encontre abrigo.

Continuo caminhando, como no início
sem olhar para o lado, um precipício,
mas minha coragem, a tudo isso resiste.
Caminho, sem ter da luz uma proteção,
conto mesmo com a bravura do coração,
por que aqui essa luz não existe.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 23/11/2008
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