ABSTINÊNCIA DE EXPRESSÃO

Ouso dizer-te: sou flor

Mas, flor não posso ser;

Quem sabe uma semente

De apenas livre existência.

Seria um modo de viver

E a esperança do diferente ser.

Apenas eu mudaria,

Com a virtude de amar

Deportaria eu, os devaneios

Dilapidaria os elogios

Tentaria o fascínio da tentação

Extraindo agora

Dos mais profundos subterfúgios

As maravilhas de ser quem sou.

Daiane Durães
Enviado por Daiane Durães em 18/11/2008
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