“GESTO DE TERNURA”

A carroça ia pela estradinha.

Eu no fundo.

Sentadinha.

Pensativa.

Sempre pensativa.

Medo?

Sim. Um pouco de receio.

Era naquele tempo a filha do meio.

Meu irmão caçula ainda chegaria.

Que bom lembrar aquele tempo!

Aquele dia...

Meu pai ia assoviando.

Demonstrando alegria.

O burro foi parando.

Eu me encantando.

Papai uma linda flor foi apanhando.

E ele falou...

São pra mamãe.

São pra ela.

Ele nunca se esquecia dela.

Este gesto do meu progenitor era para demonstrar seu grande amor.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 18/11/2008
Reeditado em 19/04/2011
Código do texto: T1289722
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