“GESTO DE TERNURA”
A carroça ia pela estradinha.
Eu no fundo.
Sentadinha.
Pensativa.
Sempre pensativa.
Medo?
Sim. Um pouco de receio.
Era naquele tempo a filha do meio.
Meu irmão caçula ainda chegaria.
Que bom lembrar aquele tempo!
Aquele dia...
Meu pai ia assoviando.
Demonstrando alegria.
O burro foi parando.
Eu me encantando.
Papai uma linda flor foi apanhando.
E ele falou...
São pra mamãe.
São pra ela.
Ele nunca se esquecia dela.
Este gesto do meu progenitor era para demonstrar seu grande amor.