O porto

O porto é chegada e é partida no balanço desconcertado

das ondas que vão e vem.

Chegará ao raiar do dia mais um navio,

uma nau atrás de paz e sossego depois de perdida

na vasta imensidão dos mares.

Um marinheiro fundeará seu corpo exausto

e descansará sua alma temerária

neste mundo que não é seu.

Mulheres, comidas e bebidas servirão ao seu deleite.

Aproveita homem! O regalo acabará cedo

Assim que o sol encontrar o céu vulnerável

O porto não te quererá mais.

Vai embora marinheiro, junta teu navio e tua vela

volta àquele que tua alma tolheu.

Lona
Enviado por Lona em 16/11/2008
Reeditado em 03/10/2010
Código do texto: T1286319