O porto
O porto é chegada e é partida no balanço desconcertado
das ondas que vão e vem.
Chegará ao raiar do dia mais um navio,
uma nau atrás de paz e sossego depois de perdida
na vasta imensidão dos mares.
Um marinheiro fundeará seu corpo exausto
e descansará sua alma temerária
neste mundo que não é seu.
Mulheres, comidas e bebidas servirão ao seu deleite.
Aproveita homem! O regalo acabará cedo
Assim que o sol encontrar o céu vulnerável
O porto não te quererá mais.
Vai embora marinheiro, junta teu navio e tua vela
volta àquele que tua alma tolheu.