Dama da Noite

Sua imagem é nostálgica

Das camélias de inebriantes perfumes...

Seu olhar dois vaga-lumes...

Sua vida trágica!

A imagem magnífica... Eternizo:

Os braços apoiados na mesa...

Segura o cigarro com frieza...

Soprando nesta noite, o sorriso!

Tom ecoa em sua cabeça:

"A gente vai levando..."

A atmosfera vai esfumaçando...

O vazio... A mente... Avessa...

A pele pálida da vida noturna...

Nos olhos maquiagem carregada...

No colo sedução decotada:

Revela desejada liburna!

O batom marca a taça

Do vinho que adocica o amargor

Bate no cinzeiro e espanta a dor

Movimenta-se com graça!

No relógio, as batidas dos ponteiros

Percussão que acompanha a bossa

Replica nos dedos da moça da roça

Hoje cortesã de nobres cavalheiros!

Quem passa cobiça a beldade já cansada

Por satisfazer tantos corpos carentes...

Quieta, em paixão dormente...

Pelo amor é tão desprezada!

Ninguém diz que essa mulher

Devota das noites profanas

Também deixa em todas as camas

Conselhos sobre amor a quem quiser!

Com ela assenta-se a Solidão

Brindando as noites e a boemia...

Na cadeira ao lado a Melancolia

Vazia a mesa... Também o coração!

São Paulo, 15 de Novembro de 2008

-=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=-

Menina de Dia,

Uma doce criança à noite.

Pela qual me encanto,

Apenas em ouvir tua voz,

Também ao dizer Boa Noite!

E quando me deito,

Me deleito,

Ao sentir a presença de uma flor,

Que exala a essência

Da \"Dama da Noite\"!

-=:|:=-Taos-=:|:=-

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 15/11/2008
Reeditado em 16/11/2008
Código do texto: T1284393
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.