Esperando a chuva de verão

Eu nunca olharei em seus olhos novamente

Essa é a terra maltratada pelos filhos

Sou um sonhador que por de traz da porta chora

Minha janela assobia o tempo que me devora devagar

O silêncio afaga aos corações

Vou rastejar até o infinito

Queimem pelas ruas da esquizofrenia

Fantasmas lotam as mentes frágeis

O deserto lhe espera em sua cova

A chuva teima em me beijar

A lua de cristais é o desconhecido

O medo obscuro em seu olhar.

Vejo flores espalhadas nessa estrada

Flutuantes sonhos dispersos

Distante estou em pensamentos

O nada é um sorriso concreto

Dirijo mais um amanhecer

Receio das tardes incertas

A noite que vai me entorpecer

Eternidade como chuva de verão.

Didiovieira
Enviado por Didiovieira em 07/11/2008
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