Esperando a chuva de verão
Eu nunca olharei em seus olhos novamente
Essa é a terra maltratada pelos filhos
Sou um sonhador que por de traz da porta chora
Minha janela assobia o tempo que me devora devagar
O silêncio afaga aos corações
Vou rastejar até o infinito
Queimem pelas ruas da esquizofrenia
Fantasmas lotam as mentes frágeis
O deserto lhe espera em sua cova
A chuva teima em me beijar
A lua de cristais é o desconhecido
O medo obscuro em seu olhar.
Vejo flores espalhadas nessa estrada
Flutuantes sonhos dispersos
Distante estou em pensamentos
O nada é um sorriso concreto
Dirijo mais um amanhecer
Receio das tardes incertas
A noite que vai me entorpecer
Eternidade como chuva de verão.