Que venham as flores
Oh tristeza, não vadie,
prantos não evidencie
vou sentir os arrepios
sob as águas dos rios!
Aventurada ousadia,
vem ser minha guia
nessa estiada tardia,
cheirando à carícia!
Não te quero tristeza
rondando meu anseio,
de esperança e ensejo,
esconda-te em leveza.
Esqueça o meu passo,
não marole como vaga,
qu’indecisa a arei’afaga,
meus rosais eu abraço,
n’um sorriso dançante.
Foi-se embora finalmente
todo fel amargo mascado,
que me perdia do mundo,
minhas flores vêm vindo!
Santos-SP-21/03/2006