Infinito
Já apanhei muitas vezes
Tantas que nem sinto mais
Um corte a mais ou a menos
Já não faz diferença
A vida insiste em me mostrar
Que nada sou diante dela
Mais uma vez o que faço é chorar
Meus gritos já não quebram vidros
Minhas mãos perderam a força
E meu rosto carrega consigo
Marcas de medo, solidão e tristeza
Por vezes tentei lutar
Por mais vezes ainda caí
hoje meu sangue está
Derramado no chão
Inundando minha alma
Tranformando-me em quem nunca fui
E se fui não sei
Pois nunca reconheci as imagens
Refletidas no espelho
Nunca foram nada
Diante de mim..