O MENINO DA MULETA
Dizem que é coisa da modernidade
por causa de uma pequena dificuldade,
já baixava em mim a explosão.
Foi o que aconteceu naquele dia,
quando para meu trabalho saia
quando quebrei, a fechadura do portão.
Nevoso, irritado, já apelando pra marreta,
olhando na calçada, vi um menino com muleta,
que me olhava com certa admiração.
Diretamente nos olhos, ficou a me fitar
calado, talvez nem mesmo pudesse falar
não me fez nenhum aceno, te faltava a mão.
Fiquei olhando, quando lentamente se retirou,
tão silencioso como quando ali chegou,
sua presença foi mexendo com minha emoção.
Nem precisava de alguma coisa me dizer
quieto e calado consegui compreender,
ao ver tanta calma, num corpo sem formação.
Mesmo que pudesse, não precisava falar
tocou-me, falou e muito o seu olhar,
que transmitiu uma paz no coração.
Fiquei por um longo tempo ali parado,
olhando ao longe, aquele corpo mutilado,
que trouxe pra minha alma, uma lição.
Dizem que é coisa da modernidade
por causa de uma pequena dificuldade,
já baixava em mim a explosão.
Foi o que aconteceu naquele dia,
quando para meu trabalho saia
quando quebrei, a fechadura do portão.
Nevoso, irritado, já apelando pra marreta,
olhando na calçada, vi um menino com muleta,
que me olhava com certa admiração.
Diretamente nos olhos, ficou a me fitar
calado, talvez nem mesmo pudesse falar
não me fez nenhum aceno, te faltava a mão.
Fiquei olhando, quando lentamente se retirou,
tão silencioso como quando ali chegou,
sua presença foi mexendo com minha emoção.
Nem precisava de alguma coisa me dizer
quieto e calado consegui compreender,
ao ver tanta calma, num corpo sem formação.
Mesmo que pudesse, não precisava falar
tocou-me, falou e muito o seu olhar,
que transmitiu uma paz no coração.
Fiquei por um longo tempo ali parado,
olhando ao longe, aquele corpo mutilado,
que trouxe pra minha alma, uma lição.