PERSISTENTE ARCO-ÍRIS!
O título inicial era ARCO-DA-VELHA PERSISTENTE. Mudo-o para estoutro por razões táticas....
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«Afirmo, sim, mas tristemente. Afirmo desde
a certeza de ser de Terra carente. Arco-da-velha
persistente... imagem poética perfeita: a efémera
beleza fotografada para sempre.»
(PoetaGalega, a comentar, 08/10/2008 12h28,
o poema «Glossa segunda», em que eu, por
minha vez, comentava uns versos seus.)
E eu, cá, incapaz de afirmar
nem de negar
nada nem triste nem ledo,
nem sequer redondo...
Esfinge ...
Nem a brincar...
Palhaço de palha velha,
ignorante do futuro sou
e quase do passado...
"Terra carente"...
Minha poeta, criemos!
Portanto, creamos,
façamos
com que as carências
se tornem arco vivo da velha
sempre nova, nas cores, sete,
setestrelo radiante
de cores... Que nos abraçam ternas
mas tão nevoentamente meigas...
Talvez sejam espíritos angélicos...
(Dizem os letrados das igrejas
mais ou menos católicas que são
nove as ordens angelicais,
embora distribuídas em três hierarquias:
Serafins, Querubins,Tronos,
Dominações, Potestades, Virtudes,
Principados, Arcanjos e Anjos.
Mas talvez andem errados, por apenas
procurarem pitagóricos
o número perfeitíssimo: 3x3x3 = três vezes três,
a santa trindade elevada ao quadrado.)
Eu acho que os anjos, em sete coros,
se deslizam
pelas sete cores
do arco-da-velha,
desse arco luminoso de novidades
acesas em paz e sossego,
a profetizarem tempos melhores
para a Humanidade confusa...
Ah, profetizam persistentes...