Eu, um sabiá
Não queira o meu canto só pra ti,
Pois livre é minh’alma,
O meu canto é liberdade.
Tiraste-me a mata, o rio, até o sol roubaste de mim,
Choro pelo descaso, pelo abandono, choro por tudo.
Quero o orvalho, quero a brisa da manhã,
Quero minhas asas molhadas pela chuva pra depois secá-las ao vento.
Devolva-me à vida, liberte minh’alma!
Quero ser livre pra voar.
Quero sair por aí, voar em bandos,
Quero escolher livremente a quem amar.